quinta-feira, 6 de agosto de 2015

UCAM - GREVE PARCIAL. É UMA LÁSTIMA O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM FACULDADES TRADICIONAIS!!!



DISSE O "OPINÓLOGO" EM SEU BLOG:

Ao que parece, a atual greve de professoresna Universidade Cândido Mendes (Ucam), iniciada  no passado dia 22 de junho – e que já dura mais de um mês – só acontece na unidade Centro, sendo feita apenas pelos educadores do curso de Direito, segundo o Diretório Acadêmico Rui Barbosa (Darb). Na última quinta-feira (30/7), OPINÓLOGO  conversou com o presidente do diretório, Carlos Guedes, e o diretor de Planejamento, Rodrigo Sales, ambos alunos de Direito, que fizeram questão de enfatizar que a interrupção das aulas seria mínima.

Outra novidade que contaram foi a de que a instituição de ensino superior (IES) teria depositado na conta dos empregados dois meses de salários atrasados há pouco mais de uma semana. Para os membros do Darb, significa uma esperança e um voto de confiança no reitor Cândido Mendes, quem os teria prometido tentar sanar – sem previsão de data – as pendências financeiras da universidade que leva o seu nome. 80% dos funcionários estavam sem salários há quatro meses, enquanto os 20% restantes, desde janeiro passado, segundo o Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro e Região (Sinpro-Rio). Também é importante frisar que essa entidade sindical não detalha em seu site a situação da greve, quais unidades seriam afetadas nem o percentual de adesão, por exemplo, o que dá uma falsa ideia de que a mesma seja generalizada.

Evasão e inadimplência

De acordo com os discentes, o índice de inadimplência – com o não pagamento de mensalidades – vem se arrastando há pelo menos 10 anos, o que, supostamente, comprometeria a IES a honrar seus compromissos que vão de salários atrasados ao não depósito do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), por exemplo. Também houve uma 'retração' no pagamento por parte dos alunos, devido a um boicote, supostamente, proposto pela Associação de Docentes e Funcionários da Ucam (Procam). O objetivo seria apenas atrasar o boleto de rematrícula de julho de 2015. Contudo, e ao que parece, teve efeito mais grave: vários alunos teriam deixado de quitar a mensalidade de meses anteriores.

Por causa da evasão de clientes para outras unidades, que não estariam sendo afetadas pela crise, o curso de Direito da unidade Centro não se autossustenta. Em prática quer dizer que o salário pago aos docentes dessa graduação é superior ao que é arrecadado com a mesma. O Darb estima que pelo menos 25% dos estudantes dessa graduação estejam se transferindo de campus.

Demissões

Um grupo de professores teria exigido ao reitor que realizasse demissões, com o intuito de reequilibrar as contas da Universidade Cândido Mendes.

“A unidade Centro [da Cândido Mendes] é conhecida por sua qualidade. Os professores estão engajados e lutando pela qualidade do curso. A gente não acredita que o curso de Direito vá acabar. É uma mudança estrutural que precisa ser feita”, declarou Carlos Guedes.

O diretório acadêmico crê que a greve termine até o próximo dia 10 de agosto, se houver negociação entre a Ucam e os grevistas, para dar continuidade ao primeiro semestre letivo de 2015 e, por conseguinte, a aplicação das provas. Para os dirigentes estudantis, o ano letivo se encerraria em dezembro deste ano, não chegando a 2016. Na última assembleia docente, o presidente da Procam, professor Hélio Borges, havia garantido que 'nenhum aluno sairá prejudicado' e que os formandos poderiam preparar a festa prevista para o próximo dia 27 de agosto.

Diferente da greve anterior, ocorrida em fevereiro deste ano, no início do primeiro semestre, desta vez, os empregados não impuseram os repasses ao FGTS e ao INSS para voltar aos postos de trabalho. Somente os salários atrasados de 2015.

Outras informações

A atual gestão do Darb aproveitou a conversa com este jornalista para falar dos projetos que vem desenvolvendo na Ucam, entre eles o de auxílio aos estudantes com deficiência visual por parte dos demais como atividade extracurricular. Também disse que tenta motivar os colegas a permanecer no campus, e anunciou a criação de um site para ajudar aos alunos com as matérias. O link não será informado, pois a página está em construção.

Breve análise

Durante toda a conversa, os dirigentes do Darb buscaram zelar pela imagem institucional, sempre exaltando as qualidades da Ucam e de seu corpo docente, seu potencial de formar grandes nomes no Direito e em outros cursos, ademais de demonstrar convicção de que a crise enfrentada pela instituição de ensino poderia ser solucionada. Foram atenciosos com este jornalista.

Todavia, foi possível notar um certo receio por parte deles sobre como este texto seria produzido, para não manchar o nome da IES. Não há a menor intenção de prejudicá-la por parte deste jornalista!!! Nunca houve. Muito pelo contrário. Só resta torcer para que a universidade continue crescendo e seja uma opção a milhares de universitários que querem um bom currículo e para que os trabalhadores mantenham seus empregos. O objetivo aqui é colocar em 'pratos limpos' para não gerar mal-entendidos nem que este repórter e esta página sejam vistos como inimigos de quem quer que seja. Mas, como parte da liberdade de imprensa, fatos de interesse público não podem ser omitidos. E a linha editorial de OPINÓLOGO é a de que as reportagens sejam honestas e transparentes e estejam o mais próximo possível da realidade, embora sejam opinativas e dotadas de um certo senso crítico. Em dois momentos da conversa, e de maneira discreta, fizeram questão de falar que era preciso tomar cuidado com o que se publica, para depois não ser processado.

O presidente do Darb, Carlos Guedes, pediu que este jornalista lhe enviasse o texto antes de publicar. A alegação foi a de evitar que saísse algum dado 'errado'. Não é obrigação de um profissional de comunicação pedir autorização a outrem para elaborar uma reportagem. Isso se caracterizaria censura prévia. Porém, como gentileza e por uma questão de ética profissional para com o entrevistado, o conteúdo lhe foi enviado, com exceção desta breve análise que é uma visão particular deste repórter sobre os acontecimentos. Aliás, esta avaliação só está sendo produzida devido à postura incômoda e intransigente.

A questão não é exatamente a falta de confiança nos profissionais de imprensa, e sim 'controlar' o volume de informações que os mesmos recebem para não mencionar nada que denigra a instituição de ensino. É bem provável que o descredenciamento da Universidade Gama Filho (UGF) e do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade), ambos no Rio de Janeiro, em janeiro de 2014, tenha provocado um certo pânico. Quanto menos divulgação, melhor.
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Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas... 
continuarei a escrever * Clarice Lispector*

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